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Freud 160 anos: advogado comenta trabalho que mescla Direito e Psicanálise

claudiovalentin

Há 160 anos, nascia Freud, pai da Psicanálise. Como Freud observou, as relações sociais mais íntimas são justamente as que mais estão sujeitas à eclosão de conflitos. Amor e ódio, por exemplo, nem sempre são excludentes, apenas se polarizam. Nós amamos e odiamos. Assim é a natureza humana e assim são os vínculos familiais, como explica o advogado Rodrigo da Cunha Pereira que, há alguns anos, desenvolve um trabalho a partir da mescla entre Direito e Psicanálise.

O advogado familiarista se depara constantemente com problemas que transcendem os elementos meramente jurídicos. É por isso que o seu escritório ficou conhecido também como Clínica do Direito.  Para Rodrigo da Cunha exercitar a escuta no momento de compreensão do conflito é fundamental para a atuação dos advogados, principalmente da área do Direito de Família.

“Muitas vezes, o conflito não é somente dessa natureza, embora aparente sê-lo. É necessário perceber o texto e o contexto do conflito, a linha e a entrelinha do litígio. Se atentarmos para a mensagem inconsciente que nos chega pelo discurso das demandas que geram conflito, poderemos desenvolver melhor nossa atuação como advogados. A psicanálise remete-nos a elementos e instrumentos que ampliam e fazem entender melhor o discurso do nosso cliente. Freudianamente, é escutar o que está por de trás do discurso ou, como diz Lacan, o que está entre o dito e o por dizer. Por mais que o Direito, com as suas normas, tente alcançar o justo e o equilíbrio das relações familiais, há algo que se lhe escapa, há algo não normatizável, pois essas relações são regidas também pelo inconsciente”, afirma o advogado.

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