Dia de conscientização sobre a Alienação Parental
Nessa sexta, 25, é comemorado o Dia Internacional contra a Alienação Parental. O termo, proposto pelo psiquiatra estadunidense Richard Gardner, é caracterizado como a situação em que um dos genitores impulsiona o rompimento de laços afetivos da criança com o outro, criando sentimentos de ansiedade e temor nos filhos em relação ao outro genitor. O advogado Rodrigo da Cunha Pereira explica que, até pouco tempo atrás, muitos operadores do Direito nunca tinham ouvido falar sobre o assunto que ganhou visibilidade com a Lei 12.318, em vigor desde agosto de 2010. Com a Lei os processos tornaram-se mais céleres e importantes medidas foram implantadas como o acompanhamento psicológico, a aplicação de multa e até a perda da convivência familiar de crianças, a pais que estiverem alienando os filhos.
“Hoje comemoramos o Dia Internacional contra a Alienação Parental. Graças às novas doutrinas, jurisprudências inovadoras e debates públicos, o tema se tornou um dos mais discutidos na atualidade. A repercussão desse tema na sociedade demostra que essa disputa acontece muito mais do que imaginamos e que muitas crianças são privadas da convivência paterna ou materna com repercussões que ficarão marcadas na trajetória desse indivíduo”, afirma.
Rodrigo ressalta ainda que, graças às discussões sobre o tema, hoje temos a dimensão do quanto essas disputas fazer mal à sanidade mental dos filhos. “Hoje em dia, há menos preconceito em relação a filhos de pais separados e sabemos que as brigas dos genitores são muito mais prejudiciais do que a separação em si. Mas as barreiras ainda são imensas, é difícil provar a alienação parental por que é algo muito sutil. Além disso, a efetiva aplicação da Lei requer uma sensibilidade da Justiça. Mais políticas públicas, mais conscientização e celeridade, é o que esperamos em mais um ano de combate à Alienação Parental”, completa.