Só no ano passado foram registrados 43.800 processos de divórcios no país, de acordo com dados do Colégio Notarial do Brasil
Por Álvaro Alves de Faria 23/07/2021
Só no ano passado, 2020, foram registrados 43.800 processos de divórcios no país, de acordo com dados do Colégio Notarial do Brasil, o que representou 15% de aumento em relação a 2019.
Desde 1977, as separações podem ser resolvidas nos cartórios. E, desse ano em diante, o número de separações vem crescendo, chegando à situação atual. Dados do IBGE informam que, em cinco anos, o aumento de separações chegou a 75%. Só no mês de julho de 2020 foram 7.400 pedidos, o que representou um crescimento de 260% em relação aos meses anteriores. A maior parte das separações são feitas nos cartórios de notas.
O aumento de divórcios se confirmou em 2021. Nos cinco primeiros meses do ano foram 29.985 separações. São Paulo está em primeiro lugar em divórcios, seguido do Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Some-se às separações dos casais as brigas constantes em que as mulheres são agredidas pelo parceiro. Além do desamor, a pandemia também provocou a violência.
Chegou-se a um ponto em que as separações são resolvidas até por videoconferência, conforme determina norma do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Não faz muito tempo, os casais precisavam esperar ainda dois anos até chegar ao divórcio.
O presidente do Instituto Brasileiro do Direito de Família, Rodrigo Cunha Pereira, observa que o mundo jurídico precisou se adaptar aos novos tempos. Explica que hoje já é possível fazer divórcio judicial ou extrajudicial de modo eletrônico. Basta que seja consensual e que o casal não tenha filhos menores.